terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Super Nanny

Quando vi a publicidade ao programa, pensei logo que o queria ver. Mas no domingo esqueci-me e, ontem, quando me lembrei de repente, lá fui aproveitar as funcionalidades da Box, e por-me a ver o programa. Não sabia ainda a quantidade de comentários que já proliferavam pelas redes sociais a diabolizar o assunto, acerca da exposição das crianças, de ser tudo encenado, etc, etc.
Pois eu até gostei do programa e acho MUITO importante que se exponham os assuntos tratados.

Tenho naturalmente as minhas reticências pelas consequências que poderão existir pelo facto de as crianças estarem assim expostas no recanto dos seus lares. Os colegas de escola e a sociedade no geral podem não ser muito "generosos" ao ver estas fragilidades, mas tanto os Pais como os educadores responsáveis têm noção das possíveis consequências e, sinceramente, se se decidem expor desta forma, devem estar mesmo desesperados.

Há crianças que dão cabo de qualquer bom funcionamento de um lar, criam farpas no relacionamentos dos Pais, tornam o dia-a-dia num verdadeiro inferno. E, se é verdade que toda a criança é diferente e deve ser "levada" de maneira diferente, o dia-a-dia com a família em casa tem toda uma demais importância no seu comportamento. Há Pais que, embora só pensei no bem estar dos seus filhos, não se apercebem que as atitudes que têm, não favorecem o desenvolvimento saudável das crianças.

Não sou nenhuma mãe/educadora exemplo (longe de mim), mas também li vários artigos/livros sobre educação, e existem alguns pilares estruturais essenciais na educação das crianças.

Eu não tenho 2 filhos difíceis (nunca foram hiperativos, ou daqueles que nos sugam as energias pelas pilhas eternas), mas têm feitios completamente diferentes e têm de ser igualmente levados de formas diferentes. E são bem educados! Toda a gente o diz, eu também acho, já me deram várias vezes os Parabéns nos restaurantes por não serem verdadeiros índios à mesa e já me chegaram a vir dizer que achavam que os meninos tinham uma educação à moda antiga (o que será que quer dizer?).

E apenas posso dizer (pela minha parca experiência, pois tenho só 2 filhos, não tenho 6 nem 8) que não precisamos ter atenção a muita coisa. No essencial, basta garantir 3 pontos fundamentais:

1 - As crianças precisam tanto de Amor como de regras. São essenciais para perceberem os seus limites e não se sentirem perdidos, confusos. As regras são impostas pelos Pais e as crianças têm de obedecer!

2 - Não pode haver divergência de opinião entre os progenitores/educadores no que toca à educação ativa da criança (em frente dela);

3 - Os avós são fundamentais na educação das crianças, mas não podemos abusar deles, pois tendem a deixar a criança "desaprender" certas regras. Use, mas não abuse! A não ser que tenham uns avós completamente/muito alinhados com a educação dos Pais.

Partindo destes princípios, e que o programa basicamente mostrou muito bem, penso que estão traçadas as bases para que o caminho da educação se consiga fazer com mais tranquilidade.

Mais uma vez, não sou nenhuma expert no assunto, tudo se baseia na minha experiência e estudo, mas por vezes vejo algumas crianças que me deixam em verdadeiro estado de pânico, por saber que serão os meus filhos de futuro que terão de lidar com elas. Crianças mimadas, sem regras, que não sabem lidar com o não, com as contrariedades naturais.

Acho muito bem que haja um programa que "ensine" os Pais de hoje a agirem da melhor forma. Se aquele formato de programa é o mais indicado, não sei!
Mas que Portugal precisa de alguma ajuda nesta matéria, precisa! E vou continuar a ver o programa, e a perceber o que posso eu também melhorar na educação/relação com os meus filhos.

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